quarta-feira, 3 de novembro de 2010

APOCALÍPTICO

A sabedoria de Deus é imensurável. Ele nos manda aqui, para aprendermos a viver em comunidade: Quem quer crime, terá crime! E vai viver sempre no pecado, desprovido de paz perpetuamente.


APOCALÍPTICO
AYRES KOERIG


Essas estrelas, oh! Essas estrelas,
Que Deus a cada dia está criando,
Até as quais nós não podemos vê-las,
Terão seus fins, nos fins dos tempos quando,

Jesus vier sanar nossas mazelas.
Deus Pai lhe deu total poder e mando.
Vamos fazer então por merecê-las,
Fazendo o bem ao próximo e rezando.

Elas se tornarão em outras terras,
Arrefecidas pela ação do gás,
Do ar que nos dá sempre atividade.

Os que gostam de guerras terão guerras!
Quem batalha por paz, terá sua paz!
Pra todo o sempre, pela eternidade!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

POETIZAR

Você, que também escreve poesias está cansado(a) de saber que elas não são feitas num repente, exceto àqueles que já nasceram com o dom de improvisar, mas estes são poucos e geralmente só o fazem em redondilhas menores (versos de sete pés). Falando bem sinceramente, não tenho conhecimento de algum poeta que improvisasse decassílabos.
Até numa quadra como a escrita abaixo, temos que pensar o assunto, escolher frases com rimas e burilá-las por certo tempo.
Última postagem: Se não me leem, pra que estar teimando... rsrsrs.

POETIZAR
AYRES KOERIG

Encher o coração todo de amigos,
Pra não deixar lugar aos inimigos!
Aprender a cantar mesmo chorando!
E nas desditas a chorar cantando!

sábado, 31 de julho de 2010

AOS JOVENS ESTE AVISO

Meu amigo, você que é jovem deve precaver-se de certas coisas, para depois não se queixar da vida. Lembre-se que todo vício, até mesmo o tabagismo (vício de fumar), escraviza as pessoas.
Já fui fumante: -- Se estava numa pescaria, quando se acabava o cigarro, não sentia mais prazer naquela distração. Assim era em tudo: baile, caçada e outras quaisquer diversões. Isso que só falei no vício de fumar... Outros há piores ainda, como as drogas, que levam o indivíduo ao latrocínio e a outros crimes. A televisão todos os dias nos mostra as atrocidades que ocorrem por força dos vícios.


AOS JOVENS
ESTE AVISO
AYRES KOERIG

Comparo a nossa vida a um jardim,
Aonde há rosas em todas as cores;
Violetas e jasmins com seus olores,
Azáleas brancas ou em carmesim.

Se não cuidarmos vai nascer capim,
Para arruinar a vida dessas flores,
Tirando delas todos seus valores,
Deixando-as fracas sem beleza enfim.

Assim também em nossas mocidades,
Se não seguirmos de Deus os preceitos,
Não se cortando todas as maldades,

Que se originam dentro em nossos peitos,
No meio ao mato essas paixões, vaidades
Vão deixar nossos atos imperfeitos!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Assim espero por mercê de Deus,
E esta alegria que o meu peito invade,
Reverenciar a 7 amigos meus,
Com 7 letras que escrevo: SAUDADE!

Dos 7 amigos que escrevi acima,
Também ali você tem seu lugar ...
Que eu ache neste instante boa rima,
Para que eu possa agora lhe saudar!

O que escrevi tão demoradamente,
A criticar agora lhe compete:
(Seja sincero, diga abertamente)
Houve até 7, que não era 7

Se achou mui poucos quer seguir adiante,
Daqui pra frente já a mim não cabe. cabe.
No meu conceito acho foi bastante
Complete então, com que os você sabe!!!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pensa correto dona Elizabete,
Com pouca fleuma sem muito zunzum...
Se os bobos nesta terra já eram 7
Morrem 14, ficam 21.

Dificuldades vamos nós passar,
A vida é dura e o caminho hostil...
Botas de 7 léguas vou usar,
Para não me chamarem de imbecil.

Na Roma antiga se saudava o rei,
Com toque de clarim ou de trombeta...
Com 7 letras eu escreverei,
Nome de minha esposa: MARIETA!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Joãozinho lá na escola pinta o 7...
A mãe revela ao pai e pede ajuda.
A professora até a régua lhe mete,
Não adianta pois, ele não muda!

Ante uma tumba lá no cemitério,
Percebo com fiel desenvoltura,
Que hoje só tens daquele teu império,
7 palmos de terra – a sepultura!

domingo, 18 de julho de 2010

OBSERVAÇÃO:
Vou postar daqui pra frente duas estrofes por dia para terminar na quinta-feira, porque na sexta-feira irei para Porto Alegre fazer uns exames médicos de rotina, permanecendo lá por alguns dias.

Era coisa tão linda de se olhar,
Mas desapareceu feito mentira...
Sabem vocês quem eu quero lembrar?
As 7 QUEDAS, SALTO DE GUAIRA!


Livra-me Deus de todo mau caminho,
De todos os perigos ou entraves...
À noite mesmo quando estou sozinho,
Guardo meu coração a 7 chaves!

sábado, 17 de julho de 2010

De noite olho pro céu, milhares de astros!
Ponho-me a refletir quão tudo é belo!
No meu pensar são vasos de alabastros,
A cintilar por todo 7 estrelo!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Meu primo lá no prado escolhe ORNETE!
E sua grana nele vai jogar...
Animal lindo de nº 7!
Mas ele chega em 7º lugar!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Se o rico almoça sempre caviar
E o pobre às vezes é pão com banana,
Foi o motivo que achei pra cantar,
Os 7 dias que tem a semana

quarta-feira, 14 de julho de 2010

7 também é a conta de quem mente,
Ouvia sempre desde nós pequenos...
Qualquer mentira vinha de repente:
Olha Guarino “deixa isso por menos”! *






* Esta última expressão era conhecida somente por nossos familiares e vizinhos lá em Palhoça, nas décadas de vinte e de trinta.
Morava perto de nossa casa, um casal que possuía um filho chamado Guarino, o qual gostava de exagerar o que contava. Certa ocasião numa dessas disse: -- Mãe, hoje eu vi mais de vinte gatos brigando!
Sua mãe replicou: -- Guarino, vinte gatos são muitos, DEIXA ISSO POR MENOS!
-- Mas dez havia...
Ainda é muito gato: DEIXA ISSO POR MENOS!
E foi contestando-o até o ponto de estarem somente dois gatos brigando!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dos muitos filmes vistos em criança,
Que abalavam todos meus olhares,
E que eu ainda os guardo na lembrança,
Os de pirataria em 7 Mares!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quando criança ouvia muita história,
De cobras, bichos e de aparições...
Hoje inda eu guardo na minha memória,
Branca de Neve com seus 7 anões.

domingo, 11 de julho de 2010

Pra nós nos recomenda o Salvador,
Obrigações que a todos nós compete:
-- Cultivai filhos entre vós o amor...
Perdoai também setenta vezes 7

sábado, 10 de julho de 2010

O sol, a lua, as matas e os seus montes...
A natureza nos mostra esplendores!
O ocaso que se faz nos horizontes,
E no arco-íris suas 7 cores!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Na minha quadra de idade infantil,
Aprendi coisas que inda hoje me lembro :
Que a Independência do nosso Brasil,
Foi proclamada em 7 de Setembro.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Deus pra deixar-nos em prazer fecundo,
Criou-nos montes, mares, rios e as ilhas;
Criou as flores pra enfeitar o mundo...
O homem cria: as 7 maravilhas!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Toda cantiga que agora se canta,
Milhares de milhões ou muito mais,
É uma coisa que pra nós espanta,
Tudo isto em 7 notas musicais!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quando Moisés leu os Dez Mandamentos
Disseram alto, com eles concordamos...
Permaneceram todos bem atentos,
Mas ao chegar ao 7:-- Este cortamos! *


*Dizem que veio daí a forma de cortarmos o algarismo 7 quando em manuscrito.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Caímos neles por libidinagem...
Pois se apresentam a quaisquer momentos:
Para evitá-los com muita vantagem,
Temos da Igreja os 7 Sacramentos!

domingo, 4 de julho de 2010

Livra-me Deus de toda desventura,
(Que aqui na terra acirra nossos ais)
Da maldade de toda criatura
E dos 7 pecados capitais.

sábado, 3 de julho de 2010

José previu 7 anos de fartura,
Grandes celeiros fez duma só vez...
Trouxe ao Egito mais desenvoltura
Para suprir os 7 de escassez.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um fato que deixou seu pai aflito
O caso de José, de seu sumiço...
José foi auxiliar do Rei do Egito,
Vejam dois setes nesse compromisso!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os filhos de Jacó são mais de 7,
Eles venderam seu irmão José...
É uma história que a mim não compete
De lhes contar aqui tal e qual é.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Deu-lhe motivo para um aranzel...
Não era isso que Jacó queria.
Lutou mais 7 pra levar Raquel,
Pelos primeiros 7, levou Lia!

terça-feira, 29 de junho de 2010

A Bíblia diz: já velho Abraão gerou
Isac, pai de Jacó, que por 7 anos,
Serviu seu tio Labão que lhe enganou...
Seviciou-lhe pra abalar seus planos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

E por seis dias Ele trabalhou
Sem se cansar, isto é muito provável.
Lá no 7º dia descansou
E pôs-se a ver quão tudo era agradável.

domingo, 27 de junho de 2010

Começo: o nosso Deus só que existia...
Tudo era caos, tudo em sono profundo.
Isso não era bom, até que um dia,
O Senhor resolveu criar o mundo!

sábado, 26 de junho de 2010

OS 7 QUE SÃO MUITOS

Esta postagem é de uma poesia meio grande. Então resolvi, (como o pessoal não se dá ao trabalho de muito ler) colocar todos os dias somente uma estrofe. Se houver interesse de alguém querer lê-la de uma só vez, o que acho meio impossível poderá então copiá-la. Ela se intitula:
OS 7 QUE SÃO MUITOS
AYRES KOERIG
São mais de 7 quadras a fazer!
Desta forma mostrar meu lado artístico...
Para que todos possam compreender,
Que ele é um algarismo cabalístico

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A MORTE DO POETA

Não sou como o que descrevi abaixo, por isso não sou um grande poeta e mesmo que o fosse, há num dos meus sonetos a aplicação do ditado “louvor em boca própria é vitupério”.
Quis fazer este em memória a Castro Alves, um dos grandes poetas da nossa história, que findou sua vida, suas paixões e suas poesias, jovem, aos vinte e quatro anos de idade. Este mesmo poeta que em NAVIO NEGREIRO nos diz versos que se coadunam aos nossos dias:

“ Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus ”...

A MORTE DO POETA
AYRES KOERIG
Gostava imensamente de poesia,
Era de fato bom versejador.
No seu semblante a imagem refletia,
Toda nobreza do seu grande amor,

Que intrínseco e fluente bem dormia
Lá no seu coração de trovador.
Em sua vida tudo era harmonia.
Jamais sua alma teve ódio ou rancor.

Inúmeras paixões houve em sua vida,
Porém, nenhuma delas o venceu.
Lutou e conseguiu ser sempre um forte,

Por mais que a pugna fosse em si renhida.
Da mocidade quando no apogeu,
Um triste fim causou-lhe a sua morte!

Ao chegar à nonagésima postagem, acho que devo parar.
Lembrem-se de que quando iniciei prometi somente uma palhinha e já me distendi demais. Você até pode não dizer, mas vai pensar:-- Não fará falta alguma! Àqueles que me leram e gostaram, agradeço e àqueles que não tomaram conhecimento digo: -- Nada perderam!

Se ao ler o que escrevi,
Implantou funda raiz,
O que desejo pra ti,
É que sejas bem feliz!

Um abraço amigo de: Ayres

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A MORTE

São Marcos revela a nós que Jesus diz: -- Estejam preparados, pois nem Eu sei o dia nem a hora, somente o Pai.

A MORTE
AYRES KOERIG

Grande mistério há em nossa frente,
Que nos conduz a um beco sem saída...
A morte veio lhe tolhendo a vida,
Inerte dorme, já não está presente.

Podes tocá-lo que nada mais sente...
A dor de ontem não é mais sentida.
Se sua missão aqui foi bem cumprida,
Cremos – será feliz eternamente.

Onde estiver pra sempre haverá luz,
Vai pertencer ao reino de Jesus.
Não compreendemos isto é natural...

(Deus só criou, foi nossa alma imortal)!
Pra que chorar o que com ele ocorre?
Todo ser vivo: “nasce, cresce e morre”!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

AMANHECENDO

Se prestarmos bastante atenção vamos reparar que, em tudo existe poesia, principalmente, nas coisas criadas por Deus, que é onde ela se acentua mais.


AMANHECENDO
AYRES KOERIG


Um galo vem cantando de hora em hora...
A branda luz do sol já resplandece.
Assobiando pela rua afora,
Segue um trabalhador à sua messe.

Num campanário um velho sino chora,
Chamando a todos numa humilde prece.
Aos poucos toda terra se colora,
Pra festejar o dia que amanhece.

É primavera, não se sente frio...
Prenúncio mais dum dia ensolarado...
Dentro da mata no sertão bravio,

Cada ave solta seu doce trinado...
Também a elas sempre me associo,
Para dizer que: DEUS SEJA LOUVADO!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

VELHOS ENAMORADOS

“Quando um não quer dois não brigam” diz a sábia cultura popular. Mesmo que, você homem, tenha que ouvir alguns impropérios pelas besteiras que cometeu e que ela soube. Nestes senões, a mulher sempre leva desvantagens: o nosso machismo não permite que ela erre. Mas, o perdão foi feito para os dois...

VELHOS ENAMORADOS
AYRES KOERIG

Se eu lhe perder, eu sinto perder tudo
Amealhado em nosso caminhar.
Coisas tão belas a quem sempre aludo,
Aos nossos filhos a nos imitar.

Quando ao lembrar até me sinto mudo...
Percalços nunc’os houve sem cessar,
Pois que não foram tantos e a miúdo,
Os que encontramos para se enfrentar.

Apesar disso, sempre ouço suas queixas,
Que eu sou ou que lhe fiz algo de errado!
Na mesma tecla bate e sempre insiste...

Acalentando suas negras madeixas,
Eu vou pedindo pra deixar de lado,
E dessa forma o nosso amor, persiste

quinta-feira, 20 de maio de 2010

AMPLIDÃO DO AMOR

ABNEGAÇÃO, RENÚNCIA, DESPREENDIMENTO...

NÃO MESMO: AMOR!
AYRES KOERIG

Quando a pessoa atinge a época da puberdade, passagem da infância à adolescência, o homem e a mulher, mas com predominância no sexo masculino, começa a escolha para o acasalamento: são as primeiras namoradinhas que se têm. Há, no entanto, aqueles que logo se apaixonam e partem para o matrimônio antes de se conhecerem bem. Nem sempre dá certo.
Concordo que desde o meu tempo de jovem, o procedimento já evoluiu bastante, uma vez que hoje até, já há casais que se amasiam, para angariar conhecimentos de gênios; pode até ser ilegal, mas é racionável. O homem para se adaptar às exigências femininas (o oposto também é preciso), há que deixar de lado alguns dos seus entretenimentos, afim de que a vida a dois, se complete sem clamores por parte de um deles, para se começar uma família perfeita; caso contrário surge a incompatibilidade de gênios, causa vilã à separação da maioria dos consortes.
Fui sabedor de que um casal, José e Maria (nomes fictícios), aos quais não conheci pessoalmente e que vivia modestamente, mas bem, criando seus dois filhinhos, se havia separado porque ele, o marido, arranjara outra...
Assim ela, como faxineira, foi trabalhar para sustentar os dois filhos e acabar de criá-los... Comiam o pão que o “Diabo amassou”. Os três viviam, aos “ trancos e barrancos” como se diz na gíria, até que um dia, José sofreu um acidente de motocicleta ficando paraplégico.
A nova companheira de José, não lhe ofereceu mais guarida, e foi dizendo: -- Não vou perder a minha mocidade com um aleijado... e se mandou.
Ele então foi para a casa da mãe, viúva e com mais quatro filhos. Agora, se já viviam com dificuldades, o modo de vida piorara. Era mais uma boca, como se costuma dizer, para ser alimentada...
Foi então que o amor falou mais alto e a velha companheira, com seus dois filhinhos, achegou-se a José e propôs recomeçar tudo... e assim o fizeram.
Dizem que hoje ainda, ela vive, nas refeições, dando-lhe alimentos liquefeitos em sua boca ou, quando não pode por força do trabalho, já a filhinha mais velha a substitui!
História verídica, “caso sui gêneris”! Qual seria a mulher que faria isso?!!!
AMPLIDÃO DO AMOR
AYRES KOERIG
Unidos para sempre a vida é bela,
Pois que o real amor tudo suporta...
Os dois vão indo numa paralela,
Até que a desunião bata em sua porta.

Uma briguinha só, mas não procela!
Sendo bem pouca cousa, nada importa...
Depois abraço e beijos -- dele e dela,
É que endireita a causa quando entorta.

Co’as pazes, corações extrovertidos,
Neles vão colocar muito calor
Para que fiquem por demais floridos,

Descarregados, sem nenhum rancor.
A confirmar em todos os sentidos:
QUÃO GRANDE E QUÃO SUBLIME É NOSSO AMOR!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ADVERTÊNCIA ÀS MÃES

Estamos atravessando uma época em que não se pode facilitar em nada a educação dos nossos jovens. Diz o dito popular que: “SE COCHILOU O CACHIMBO CAI”.


ADVERTÊNCIA ÀS MÃES
AYRES KOERIG

Jamais podeis deixar vosso menino,
Sem os conselhos em agir sensato...
Mesmo que inusitado seja o fato,
Pra que não se cometa um desatino.

O traficante traz sempre em seu tino,
As artimanhas do pulo - do - gato...
Vem de mansinho com todo aparato,
Do vosso filho n’o importa o destino.

Cuidai com garra, o que vos é bendito.
Preciso é que sejais, bem mais prudente...
Sabei diferençar o que é bonito...

Porque outros males podem vir por frente.
Analisai o que acima foi dito,
Pra não ouvirdes: “Quem cala consente”!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A MACACA DO CRISANTO

Que a espécie é parecida com pessoa, tudo bem, não há dúvidas... mas, daí até dizer-se que é um ser humano entra-se numa suposição muito grande, pois, não sabemos a época em que ele, macaco, começou a sentir-se homem.
Quando aqui em casa se discute isso eu sempre digo àquele ou aos que defendem a teoria: -- Vocês podem ser (risos): eu descendo de Adão e Eva!!!


A MACACA DO CRISANTO
AYRES KOERIG

No cocuruto de estaca fincada,
Só c’uma porta nem uma janela,
Uma casinha feita só para ela,
Para que lhe servisse de morada,

A uma primata alegre e espevitada:
Pelo macio e de aparência bela!
Fazia morisquetas na gamela,
Ao simular sua roupa ali lavada.

Sempre iam se juntando criaturas,
Por muitas horas vendo as diabruras,
Em cambalhotas, gestos e caretas...

Eram deveras tantas morisquetas,
Que nos deixava até em confusão...
Será que Darwin não tinha razão?!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ESCATOLOGIA

ESCATOLOGIA
AYRES KOERIG
Verdadeiramente Deus criou o ser humano em matéria e espírito, ou seja: corpo e alma. Um corpo que vai perecer e uma alma que é imortal.
Dir-me-ás que até aí, nada de novidade! Mas ainda poderás me objetar com a RESSURREIÇÃO DA CARNE, que o Credo ensina. E eu te respondo: este é o atual... o de antes do Concílio de Nicéia dizia: CREIO NA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS!
O futuro destino de nosso corpo também já o sabemos: a carne servirá de pasto às minhocas e os ossos, às outras bactérias que levarão mais tempo, mas voltarão ao nada, para que se confirme e se complete o silogismo:
Viemos do nada,
Andamos no nada,
E vamos para o nada!
Mas não me interpretes mal: isto se dá somente com o corpo, com o nosso material, que se acaba por aqui.
Porém, baseado na ressurreição dos mortos, poderemos nós, ressuscitar também, com um corpo transfigurado, igual aquele que Jesus aparece lá no Monte Tabor, na presença de Pedro, João e Tiago, conforme poderás ver na Bíblia Sagrada, verbo ad verbum o que Lucas diz no seu Evangelho, cap. IX, versículos 28 a 36.
Agora passemos para a alma. Um sacerdote, amigo da nossa família nos dizia em dúvidas: -- É, mas ninguém voltou para nos contar...
Se ele, um padre, milhares de vezes, mais conhecedor das coisas, possuía suas dúvidas! Que direi eu?
Pretendo exteriorizar meu pensamento, dando agora, o direito de me contestares se assim for do teu agrado.
Vê o título: ESCATOLOGIA parte da Filosofia que estuda a vida após a morte.
Mistério, sim...
Duvidar é ir contra os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que prometeu aos seus seguidores (ipsis litteris) João 14,2: “Na casa do Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito”.
Alguém morre e no primeiro dia da sua morte, vai sofrer tudo aquilo que Jesus sofreu no seu Calvário. Depois disso é levado a um lugar igual a todos os outros, com bosque, rio, praia, tudo aquilo que gostaria de possuir aqui na Terra, quando da sua estada para aprovação do seu comportamento. Ali não há maior nem menor... tudo é igual, para exterminar de uma vez a inveja, que para mim é o maior dos SETE PECADOS CAPITAIS.
A comunicação, o transporte e a satisfação de todos os desejos se completam através do pensamento. O indivíduo pode ser morador na galáxia X e sua mãe da Y... se for seu desejo visitá-la, é só pensar e dentro de um segundo estará lá.
Poderás me perguntar: mas eu aqui na terra gosto muito do churrasco que meu empregado André assa... vou ficar sem ele?
Não, aquele robô ali, se tornará parecido com André e satisfará teu desejo. Serás servido por robôs em tudo, assim como toda a tua família, pois que vamos viver em grupos familiares.
Aquela máquina será por ti confundida com o André teu assador de churrascos.
Viram: não existem mais riquezas, iates, aviões e automóveis... mas, este é o pensamento de um visionário, que julga e tem a certeza de que, se obedecermos os regulamentos de Deus, -- aqueles dez mandamentos -- dados para serem cumpridos, estaremos eternamente realizados.

ESCATOLOGIA

Até que podes de mim discordar,
Como será a vivência no’utro lado...
Mas não que esteja tudo terminado...
Nisto não deverás acreditar.

O ensino que Jesus nos veio dar,
Foi totalmente por Deus aprovado...
Tu deves andar sempre com cuidado,
E ser correto no teu caminhar.

Ama teu próximo, até teu inimigo!
Pois neste mundo aqui, tudo é ilusório...
E jamais penses em fazer o mal!

Muita atenção no que agora te digo:
Quem pode desviar o purgatório,
Digno será do REINO CELESTIAL!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

OS DOIS CEGOS

1 Hoje eu não ia postar... 2 Resolvi fazê-lo agora!
3 Quero a todos alegrar, 4 E ver se Lila não chora!

OS DOIS CEGOS
AYRES KOERIG

Este caso que vos conto,
Deu-se numa catedral,
Em sua porta principal,
Onde cegos tinham ponto.

Um num lado se assentava
(O que tinha a perna torta)...
Vis-a-vis na mesma porta,
O colega em pé ficava

Encostado na muleta...
Esmolando sempre ali,
Conversavam entre si,
Como a vida estava preta...

Até que num belo dia,
Um moleque jovial,
Adentrou à catedral
E sem nada dar dizia:

-- Esta nota aí de dez,
Como eu disse, nada dando;
Lá na igreja foi entrando:
-- Eu lhes dou para vocês.

Passa os meus cinco pra aqui
Disse um cego em voz bem alta!
Só isto é o que me falta:
-- Tu que tens a nota aí!

Numa baita discussão,
Assim foram debatendo,
Com palavras se ofendendo
E até de baixo calão!

Porém da igreja ao sair,
O moleque para e estaca...
-- Por favor, guarda esta faca,
Tu não queres lhe ferir!

Foi assim qu’este safado
Acabou co’a valentia...
Pois nenhum dos dois sabia,
Qual era o que estava armado!!!!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

HISTÓRIA DAS ROSAS VERMELHO-NEGRAS

HISTÓRIA DAS ROSAS VERMELHO-NEGRAS
AYRES KOERIG
Havia naquela cidade denominada Santa Maria das Graças, u’a moça bonita e prendada por nome de Maria das Mercês que era considerada como “pau para toda obra”, pela sua conduta para o que “desse e viesse”.
Nas Festas de Natal e mesmo em outras como as da Padroeira, Maria das Mercês, a Neneca, como chamavam-na seus familiares e amigos, era a que encabeçava os preparativos dos eventos. Não tinha preguiça e era de uma criatividade fora do comum. Neneca jamais se queixou de alguma das suas companheiras ter feito “corpo mole” nos preparativos dos acontecimentos. Na sua índole não havia reclamações, mas idéias para serem discutidas; agia sempre democraticamente. Ninguém a criticava; jamais dera motivos para isto e rechaçava fofocas.
Certa ocasião enamorou-se de um rapaz por nome Tony, esbelto e muito cortês no seu linguajar, de quem teve uma filha que recebera na pia batismal o nome de Nereida, em homenagem à ninfa dos bosques.
Tony negou-se em assumir a paternidade da menina.
Neneca criou-a com todo o carinho, embora mãe solteira.
Antes da natividade aconselharam-na que praticasse o aborto, mas, como temente a Deus não aceitou tal prática. Lembrou-se que havia lido e decorado um soneto e, em voz alta recitou-o:
MÃE SOLTEIRA

Quando me lembro fico estarrecida,
Co’aquele diabólico projeto,
Que concebi só pra roubar sua vida
No tempo em que você era simples feto!

Hoje que eu passo sempre recolhida,
No fundo deste leito, mas co’afeto,
Seu coração me dá sempre guarida...
Quão bom isto é para mim, eu ter um teto!

Você proporcionou-me eterna aurora,
Fanal divino que me trouxe ao porto;
Pedir-lhe o seu perdão, venho nest’hora

E agradecer a Deus pelo conforto...
Quem me estaria dando ajuda agora,
Se fosse efetuado aquele aborto?!

Os primeiros meses depois da licença gestação foi um Deus-nos-acuda, porém conseguiu superar este impasse, colocando a menina numa creche, e trabalhando somente meio período na fábrica de confecções de camisas do seu primo Jorge.
Todos os dias ao meio-dia, quando saia da fábrica, passava na creche e levava Nereida para casa de sua mãe, onde também morava.
Os dias corriam e a menina crescia, mimada por todos os que com ela conviviam naquela residência de gente humilde, porém honesta.
No seu primeiro aniversário, Nereida recebeu uma bela festa, patrocinada por Jorge e esposa seus padrinhos. Recebeu destes e dos demais convidados alguns presentes, mas, o que mais gostou, foram os balões coloridos que enfeitavam o teto do local onde se comemorava o evento.
Assim foi se passando o tempo e aos sete anos já cursava o segundo ano primário do colégio onde a haviam matriculado. Crescia a menina em sabedoria e beleza quando, ao dirigir-se para a escola, bem perto do portão de entrada, foi atingida por uma bala perdida, resultado da troca de tiros de marginais com policiais.
Levada ao hospital, não resistiu ao ferimento.
A mãe quando soube do ocorrido ficou deveras consternada e até mesmo fora de si, como soe acontecer com a grande maioria das mães que perdem seus filhos e, baseada nesse infortúnio leu a poesia abaixo:

LAGRIMAS

Às vezes rolam pelo rosto afora,
Nas desventuras por alguém sofridas,
Principalmente quando são queridas,
As criaturas pelas quais se chora.

Mas há quem chore sempre e a qualquer hora,
Por um simples senão nas suas vidas:
São muitas vezes lágrimas fingidas...
Não vão ao coração, só estão por fora.

A lágrima pesada a mais dorida,
A mais desesperada que me ocorre,
Que chega às vezes acabar co’a vida,

De quem na sua face ela se escorre,
É a lágrima de dor por mãe vertida,
Quando um filho doente ou quando morre!

E, como, “NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE, NEM MAL QUE NUNCA SE ACABE”, Neneca, com o passar do tempo, foi se conformando com o sucedido.
Plantou uma roseira na sepultura da Nereida e todas as manhãs, a regava com suas copiosas lágrimas... A roseira foi crescendo, crescendo e, numa bela manhã primaveril, mostrou-se completamente florida... Mas ao invés de rosas rubras, como as das suas congêneres, apresentou-se com rosas vermelho-negras, em tom melancólico tal qual, o sofrimento daquela pobre mãe desventurada.

Nota: Ambas poesias já foram publicadas: MÃE SOLTEIRA no livro FLORES DE OUTONO, do próprio autor e LÁGRIMAS, neste blog.

domingo, 18 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

FUMAR

Eu afirmo e comprovo que fumar é pecado: se eu possuir somente uma nota de RS$ 50,00 no bolso e um pobrezinho me vier pedir um trocado a fim de tomar um café com pão, para matar sua fome, minha resposta será, não tenho trocado... mas, para uma carteira de cigarros vou trocar! Alguém me vai refutar: --Mas há padres que fumam?!
Meu argumento é que os padres também são suscetíveis de erros e que, só um Ente passou pela terra sem pecar: JESUS CRISTO!
Faz mais de trinta anos que deixei tal vício e ainda hoje como abaixo digo, sinto esse pigarro (dos fumantes) grudado em minha garganta!!!

FUMAR
AYRES KOERIG

Faz muito que eu já o haja abandonado,
Esse maldito vício que é o cigarro.
Até hoje eu ainda tenho esse pigarro,
Deixado aqui na goela atravessado.

A consciência diz: fumar no’é fado...
Mas se começo então nele me amarro.
Por isso é que cantando hoje lhe narro,
O mal que faz pra nós este safado.

Quem é fumante o que pode esperar,
Se tende acelerar o desenlace?
Ou mesmo d’outro mal prender-se até:

Tal como um enfizema pulmonar!
Se Deus quisesse que a gente fumasse,
Faria o nariz com’uma chaminé!!!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MUNDO CÃO

SEM COMENTÁRIOS

MUNDO CÃO
AYRES KOERIG

Nos dias de hoje,
O que se vai ver?
Criança a morrer,
De fome ou doença...
Porém nossa crença,
Seria de que elas,
Curassem mazelas,
Porque nas favelas,
Não há condição...
É um mundo cão,

O que se atravessa:
Nós temos à beça
Mortes e mais mortes.
São fracos, são fortes,
Que caiem nas ruas,
Em todos lugares:
Na escola, nos bares,
Nos supermercados...
Morrem enfartados,
Muitos vitimados
Por balas perdidas,

Que arrancam as vidas
De quem quer que seja.
Quero que se veja
Mortes a granel...
É uma Babel,
Que leva aos avernos,
Aos fogos eternos
Milhões de pessoas,
Algumas bem boas
E até inocentes.

Todas estas gentes
Quase todo dia,
Como uma folia.
Há mortes de alguns
Pelas Cento e Uns,
Que estão no país.
Não há quem ataque.
Pois que lá no Iraque,
São festas de arrombas,
Com os carros-bombas...

Matando a porfia,
De noite e de dia.
Não há quem suporte.
É morte e mais morte.
S’isso não bastasse
Pra bem desse impasse
Que temos certeza,
Vem a Natureza,
Também ajudar;
Foi justo no mar,

Houve uma tsunami,
Mas ninguém se engane:
Por graça de Deus,
Que ama os filhos seus,
Não foi no Brasil.
Centenas de mil
Levou de roldão.
A televisão,
Como foi mostrou,
E quantos matou...

Os assaltos destros,
E os muitos seqüestros,
A muitos matando.
Parentes chorando,
Co’a grande desdita:
Querendo se evita!
Vou dar um conselho,
Meu jovem, meu velho:
Pra casa arrumar,
E se endireitar,

Sodoma e Gomorra.
Não mate, não morra.
Faça tudo certo...
Seja mais aberto!
Para seu contento,
Deus quer seu talento.
Não julgue quimera;
Voltar ao que era,
Preciso se faz,
De paz, muita paz!

sábado, 3 de abril de 2010

A RESSURREIÇÃO

FELIZ PÁSCOA!!!

As maiores provas da RESSURREIÇÃO do Messias, o Filho unigênito de Deus, foram para mim: O sepulcro vazio (quando Maria Madalena chegou cedo para embalsamar o corpo de Jesus), os Atos dos Apóstolos (quando Tomé duvidou da sua aparição) e a Ascensão (vista por multidão que com Ele se achava).
A RESSURREIÇÂO
AYRES KOERIG

Naquela Sexta-feira estando aos pés da cruz,
Maria recebeu o corpo de Jesus!
Tal qual tamanha dor que a mãe sentiu não há,
(Que inspirou Miguel Ângelo, a pintar “Pietá”)!

José de Arimatéia, homem de mui conceito,
A Pilatos pediu e nisto fora aceito,
O corpo de Jesus para ser sepultado,
Em um sepulcro que na rocha foi cavado.

Vinha caindo a noite e o mundo a meia luz,
Depositaram nele o corpo de Jesus.
Os chefes dos judeus para ninguém roubar,

Puseram no sepulcro guardas a vigiar...
Mas na segunda noite* a guarda então dormiu:
Sob imenso clarão, dos mortos ressurgiu!


* Ficou no sepulcro 3 dias e 2 noites conforme as Escrituras Sagradas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

HISTÓRIA DE UM CISNE

HISTÓRIA DE UM CISNE

BREVE COMENTÁRIO
Ayres Koerig

Eu comparo o amor, a uma fogueira que acendemos dentro do nosso peito, que para conservá-la com suas labaredas fortes, temos que colocar sempre lenha de diversas qualidades.
No começo, quando surge em nossas vidas, nós acendemos o amor, com palha ou gravetos os quais mantêm as chamas por breve espaço de tempo. Se o quisermos luzente, a lenha tem de ser outra, mais forte como vulgarmente dizemos: o carinho é u’a madeira muito boa para alimentar o amor. Obviamente existem outras que se mesclam ao carinho, para que esta fogueira entre mim e ela, fique sem se apagar, tais como: compreensão, meiguice, fidelidade, direitos iguais e muitas outras que, quem agora me está lendo, possa completar o rol que comecei.
Jamais deve haver livre-arbítrio... o machismo (no homem) e o egoísmo (na mulher) devem ser postos de lado; a compreensão faz reconhecer nossas falhas: quem não as tem? A fogueira bem alimentada faz descobrirmos em nossa(o) amada(o), os sentimentos nobres que, todos possuímos em estado latente.
Foi baseado nessas coisas que me veio a mente a:

HISTÓRIA DE UM CISNE

Há pessoas que acreditam nos desígnios da nossa vida – um grande erro. O que acontecem, muitas vezes, são coincidências de fatos; digamos também, fatalidades que se nos apresentam em nosso dia-a-dia. Nós não viemos à terra, afim de cumprir tarefas preconcebidas, as quais, muita gente chamam-nas de destino. Se assim fosse, onde estaria o nosso livre-arbítrio? Esta coisa que fazemos como e quando queremos: se agimos bem, a sociedade nos elogia e caso contrário, ela nos repreende. Parece até que essa liberdade de agir é extensiva a todos os seres vivos, que se locomovem sobre a face da terra. P. ex.: um leão que nasceu nas savanas da África, pode, se for sua vontade, emigrar para qualquer parte do globo terrestre, quando o modo de vida no seu habitat, não condiga com suas necessidades ou com o que ele deseja.
Foi justamente, o que se deu com um cisne de plumagem branca e pescoço negro-aveludado que deixou suas origens na Patagônia. Distanciando-se do bando migratório, fez um pouso de emergência na Lagoa dos Patos, por se ter cansado ao longo do caminho. Muito novo não teve forças para agüentar a revoada dos irmãos e parentes, em busca de lugares quentes para hibernar e, fez um pouso forçado em um dos recantos dessa Lagoa. O fator sorte não o acolheu: Um caçador furtivo escondido dentro de uma negaça, mirou-lhe de frente a cabeça e chumbos da munição do perverso furaram seus dois olhos. Instantaneamente mergulhou e guiado apenas pelo instinto só emergiu,
quando, calculou estar fora do alcance de um projétil balístico.
Naquele resto de dia e durante a noite, pensou em morrer; talvez que o desaparecimento da sua vida fosse a maior solução para o seu
penar. Nos primeiros doze dias de sua desventura passou muita fome, alimentando-se somente da água da própria lagoa. Resolveu soltar a língua para ver se havia possibilidade de comunicação com alguém, mesmo que de outra espécie. Começou por c’ué, c’ué-c’ué, c’ué-c’ué-c’ué.
No outro dia já ao amanhecer, novamente sem que ninguém o ouvisse, repetiu a dose: ninguém o escutou.
Resolveu então mudar de estratégia e na voz dos anatídios(família dos cisnes) cantou:
Alguém que possa ouvir o meu cantar,
Preste atenção na voz deste poeta,
Que é cego e não consegue sua meta,
A de viver e ser feliz: sonhar!
Muito ao longe uma pata velha, também versejadora ouviu o seu clamor e respondeu:
Ó tu que até pareces com meu filho,
Vai respondendo o que te aflige tanto;
Quero enxugar também este teu pranto,
E a estes olhos te vou dar mais brilho.
Ele então nadando em direção à voz da pata, cantou-lhe ainda mais esta quadrinha:
Se podes chega a mim e me auxilia.
Faz muito tempo que eu não como nada...
Chega-te a mim ó minha bela fada;
Sê minha protetora dia-a-dia.

Ao que com todo o carinho ela respondeu:

Estou nadando em tua direção;
Aguarda que eu já estou chegando perto;
Conta tua história e deixa o peito aberto,
Pretendo e quero dar-te sempre a mão.

Assim depois de se abraçarem e se beijarem no estilo deles, ele contou a história do seu infortúnio.
Ela revelou a ele que, para cumprir o que sua mãe lhe ensinara, nunca pescou nem procurou alimentos muito preto das margens da lagoa, mesmo que, nesses lugares, eles fossem mais fáceis de serem encontrados... e arrematou:-- De hoje em diante eu serei os teus olhos; enquanto eu existir, vou servir-te de guia.
Emocionado por tanta bondade, duas lágrimas caíram dos olhos do jovem cisne...
Daquele dia em diante, os dois, cisne e pata, além do gesto altruístico praticado por ela, foi por parte dela, que se fez uma declaração de amor.
-- Podemos também viver maritalmente: tu és jovem, belo e forte;
tua concepção pode enxergar em mim, uma companheira esbelta e nova, o que eu não sou, mas, no teu cérebro, imagina como se eu o fosse. Vamos nos mudar para um recanto mais seguro desta lagoa, criar filhos
para que me substituam após minha morte, naquilo que farei de agora em diante por ti. Vamos viver acasalados.
Não é preciso anotar que esta declaração foi em todo o seu conteúdo, aceita pelo jovem, porque de fato, daquele dia em diante ela tornou-se para ele mãe: pequenos peixes e algas eram todos os dias levados à sua boca. Na sua noite da cegueira, ela se havia tornado uma companheira mansa como a caridade e suave como o perdão. Eram amigos: viviam sempre juntos conversando; como esposos, o casal foi responsável por algumas ninhadas, que se transformaram nos hoje famosos cisnes-negros.
-- Pouco antes da morte de sua mãe, amiga e esposa, ele recitou para ela este soneto em alexandrinos, feito em sua homenagem, intitulado:
GRATIDÃO
Oh! tu que me trouxeste novamente a vista,
E co’ela este prazer de me sentir feliz,
Me deste a dita de ser o que sempre quis,
Ser pai de tantos jovens eis minha conquista.

Embora nossos filhos formem raça mista,
Mas cantam bem melhor do que qualquer concris...
Não sou só eu quem diga, o céu também o diz;
Mesmo que na minh’alma habite um saudosista!

Quero trazer-te aqui com meu contentamento
Hoje que nossas almas já estão mais idosas,
Não posso te ocultar meu reconhecimento

Caem dos meus olhos lágrimas tão preciosas...
Vamos pois exaltar este grande momento:
Recebe então querida este “buquê” de rosas!

A história em questão tem muito a ver com a introdução acima; quantas pessoas há, que nascem na extrema miséria, e se criam passando fome, não tendo um minuto sequer de felicidade; mas, ajudadas por outras, têm vidas descente e momentos felizes. Nossa imaginação, mais a sabedoria que possuímos ficam muito aquém dos desígnios de Deus. O Livro da Sabedoria, na Bíblia, nos relata que elas, em vista disso, terão no após morte, conquistado grandes favores e reinarão sobre as nações.

sábado, 27 de março de 2010

BORBOLETAS

“A mulher, a mulher, quando a mulher,
Necessita de alguém para entretê-la,
Eleva-nos acima duma estrela,
E de lá, nos desprende quando quer”

BORBOLETAS
AYRES KOERIG

Fico às vezes apreciando,
Coloridas borboletas
A esvoaçar todas as flores,
Que lá estão no meu jardim...
De uma em uma vão sugando,
Até ficarem repletas,
Sem dar porem seus amores,
Ao lírio, cravo, ou jasmim.
Estas lindas criaturas,
Comparo as muitas mulheres,
Que se deixam embalar,
Nos braços dos seus amantes.
Suas almas não são puras,
Só se entregam aos prazeres,
Para proveitos tirar,
Atualmente e como d’antes...
Entanto acham-se as que são,
Humildes e bem sinceras,
Dando ao homem seu valor,
Co’atitudes amorosas,
Dignidade e perfeição...
Seus lares são primaveras,
Pois neles há tanto amor,
Como há candura nas rosas!

sábado, 20 de março de 2010

DANDO O TROCO

Em 29 de janeiro deste ano escrevi algo sobre uma parada que faria porque me achava chateado. As pessoas as quais se dava o meu blog de poesias, diziam-se admiradoras, mas não liam... acontecia o mesmo com as postagens de Mada Cosenza, que se esforçava mas não eram lidas. Amigas que eu pensava ter interpretaram como se fosse para si, aquilo que disse para outros. Tomei por ofensa a reação delas e procurei outras salas aonde me distraio de quando em quando. Quero dizer, que ao olhar o que posta aquela professora portuguesa Lilá(s) e vejo 30 e 40 comentários, em cada uma delas, e olho para os nossos, 0, 1, no máximo 2, eu até me avexo, sinto-me envergonhado. Por isso é que resolvi escrever...
DANDO O TROCO
AYRES KOERIG

Às vezes eu releio o meu passado,
Então recordo tudo que vivi:
Uns tropeções aqui, outros ali,
Que me deixavam até desnorteado.

Nem sombra que foi ruim este meu fado,
Também não foi aquele que escolhi...
Cumprido, ou mal cumprido, sei, cumpri;
Por isso não me sinto envergonhado.

Jamais eu pretendi tornar-me um mito,
Por envolver-me em outros quefazeres...
Alguém pode até rir do qu’está dito;

Tu que me lês, julga como quiseres...
Dá gargalhadas ao que foi escrito:
Eu compr’endo as maldades das mulheres!

sábado, 13 de março de 2010

MEU DIA-A-DIA COMO ESTUDANTE

Eu morava em Palhoça e estudava em Florianópolis. Ônibus precários e o caminho tortuoso, cheio de buracos. O que hoje se faz em quinze minutos, naquele tempo levava-se três vezes mais, quarenta e cinco. Estradas de piçarras, empoeiradas de fazer dó. Daquelas idas e vindas, hoje só reconhecemos a velha Ponte Hercílio Luz.

MEU DIA-A-DIA COMO ESTUDANTE
AYRES KOERIG


Na encruzilhada entre uma noite e dia,
Sem ter ainda alguma estrela acesa,
Achava em tudo sempre uma dureza,
Quando mamãe chamava e nos dizia:

-- Já passa d’hora vamos à porfia,
(Apregoando com toda clareza)...
-- Depressa que o café já está na mesa,
Sempre isto tudo assim acontecia,

Em minha juventude ao estudar.
E de repente então me levantava,
Afim de não perder a condução.

E rápido eu me punha a me lavar;
Depois na mesa nem eu me assentava,
Tomando às pressas meu café com pão!

domingo, 7 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Aos poucos a mulher vai como ser humano, conquistando seu lugar na sociedade, ela que até hoje merecia estar em primeiro lugar, por estas razões: É mais trabalhadeira, muito sincera e sabe melhor amar.



DIA INTERNACIONAL DA MULHER
(08 DE MARÇO) AYRES KOERIG


Hoje quero exaltar três criaturas,
Que foram para mim afáveis, puras,
Durante a vida que passei no mundo,
Às quais eu dediquei amor profundo,

Sempre as gravei em fogo ao coração,
Pois que por elas, minha adoração,
Vai muito além daquilo que conquisto.
Primeira: A Mãe de Deus, de Jesus Cristo.

Segunda: a que em seu ventre me gerou
E que ao me dar a luz tanto me amou,
Conservando em seus olhos tantos brilhos...

Terceira: A que gerou os nossos filhos,
Nos quais forjou, com tanta paz e amor,
Os bons ensinamentos do Senhor!

quarta-feira, 3 de março de 2010

BRABULETINHA

VOCÊ CERTA VEZ ME PEDIU PARA FAZER UMA POESIA MAS EU ME ESQUECI DE PEDIR SEUS DADOS E VOCÊ ESQUECEU-SE DÁ-LOS A MIM.!
DESSA MANEIRA, SEM ELES, NÃO É POSSÍVEL FAZER-SE POESIA... VEJA SÓ O QUE SAIU.

BRABULETINHA
Ayres Koerig

Foi por acaso que encontrei um dia,
Quando da net u’a sala eu visitei...
Fiquei pasmado pela simpatia,
E assim dela um amigo me tornei.

Contou-me que em Recife residia,
Que eu era catarina, lhe contei...
Pediu que lhe fizesse u’a poesia,
Vejam, que pelo visto: concordei.

Muitos detalhes, não posso vos dar,
Se mora em palacete ou em casinha,
Não sei se mora em praia ou longe ao mar,

Para surpresa vossa e também minha...
Não deu seus dados para eu revelar...
Só sei que seu nik é: BRABULETINHA!

COISAS BELAS

Ainda há gente que não acredita em Deus. Será que essas pessoas não acreditam mesmo, ou é para se fazerem de mais inteligentes, melhores do que nós...
Dizer que tudo isto que nos rodeia se gerou por si só, veio do nada!!! Se qualquer máquina, um cronômetro por exemplo, funciona direitinho, marcando milésimos de segundos, minutos e horas, foi porque, alguém, colocou peça sobre peças, para que ele medisse o tempo com tanta precisão. O que dizer desses milhões de astros que povoam o sideral?

COISAS BELAS
AYRES KOERIG

Há coisas neste mundo tão bonitas,
Que deixam nossos olhos deslumbrados.
Mesmo até as frases meigas que são ditas,
Pra enaltecer a flor dos descampados.

Momentos há que tu mesmo te agitas,
Ante a beleza dos bandos parados,
Das lindas palradoras caturritas,
No alto da copa entoando seus louvados

Ao Criador, que fez os céus e os mares,
Os rios, os montes, que a gente não cansa,
De olhar. O amor que habita em nossos lares

Repleto sempre de muita bonança.
Também se maravilham meus olhares:
Cum PINTO, um CAVALINHO e uma CRIANÇA!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

NÃO FOI COM VOCÊ

Como sempre, vou fazer um pequeno comentário para o soneto incluso abaixo. Se não foi com você, por que conclamou as amigas a lhe seguirem nesse complô? Para mim, “ pouco se me dá que a azêmola claudique, o que me apraz é acicatá-la”.


NÃO FOI COM VOCÊ
Ayres Koerig

O meu parar não teve um endereço,
Mas houve alguém, que assim o haja pensado.
Sempre há os que enxergam tudo pelo avesso,
Mais um motivo pra ficar calado (a).

O que fizeram, não sei se o mereço...
Se confirmarem seja-o confirmado...
Pra mim eu tenho que é de pouco preço:
Deixa pra lá, são coisas do passado!

Se querem me deixar nesse ostracismo
Ou ter-me sempre na ponta do dedo?
Se querem atirar-me em fundo abismo,

Por que não o fizeram bem mais cedo?
Seguir, vou sempre no meu realismo:
Desse complô, jamais eu vou ter medo!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

ENCONTROS

ENCONTROS
AYRES KOERIG


Encontrei-me com meus primeiros livros escolares, nas barreiras do meu aprendizado;
Encontrei-me com a bolinha de gude e o pião, jogados por mim com maestria, nas folganças da vida de menino, nas encruzilhadas silenciosas e angustiantes das reminiscências;
Encontrei-me com a minha querida primeira professora (dona Budica como carinhosamente a chamávamos), nas viagens que imaginariamente fazia e ainda faço, nas noites que direito não posso conciliar meu sono;
Encontrei-me com a primeira namoradinha, que trazia à tiracolo, na sacola do amor, o nosso primeiro beijo, dado lá na choupana dos tempos;
Encontrei-me com meus colegas de formatura, uns alquebrados pelo peso dos muitos anos, outros, fazendo-se representar pelas sombras do passado, nos bosques floridos das nossas existências;
Encontrei-me com meu primeiro dia de trabalho, no Grupo Escolar Lebom Regis, de Campo Alegre, lá na superfície, bem no começo mesmo, da década de quarenta, ao consultar os meus alfarrábios;
Encontrei-me com a conversa entre amigos e companheiros (causos, contos e piadas), jogados fora, na mesa dos bares;
Encontrei-me com as serenatas feitas nas noites de luar, para deleitar as nossas bem-amadas, nas janelas de suas casas, quando meu neto dedilhou uma canção para eu ouvir, nas cordas do seu violão;
Encontrei-me com meus pais (que já fazem parte da família celestial), seu Henrique Estefano e dona Ana Amália (a dona Aninha, como todos a conheciam), lá em nossa casa, na Rua das Olarias como era chamada antigamente e hoje com o nome do bravo Capitão Augusto Vidal, o qual conheci pessoalmente na década de vinte, como remanescente da Guerra do Paraguai;
Encontrei-me (e me encontro todos os dias) com alguém que aqui em Araranguá, quis comigo, construir um lar;
Encontrei-me ainda, com minhas três filhas e um filho, por ocasião dos seus respectivos nascimentos, dois deles, em nossa casa nesta cidade e dois, no Hospital São Sebastião da vizinha Cidade de Turvo;
Enfim, encontrei-me e continuo sempre a me encontrar, todos os dias, com a saudade de todas essas singelas coisas, que nos dizem e refletem muito, nas taças de café bebidas às pressas!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A EDÉSIA

Esta poesia já havia sido posta,mas, por um pequeno erro que quis corrigir ficou deletada, por isso, é que achei por bem, postá-la novamente


NA COMEMORAÇÃO DOS SEUS NOVENTA ANOS.
PARA QUEM NÃO SABE, 4 DE MAIO, DIA DO ANIVERSÁRIO DE MINHA IRMÃ, COINSIDE COM UMA DAS MAIORES FESTAS DO SUL DO NOSSO ESTADO, REALIZADA AQUI EM ARARANGUÁ, EM
HONRA À SUA PADROEIRA:NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS,
FERIADO MUNICIPAL.

À EDÉSIA
AYRES KOERIG

Aqui nos reunimos co’alegria,
Para brindar a Edésia, muito embora,
Os versos que recito aqui e agora,
Se destituam de muita poesia.

Deixei Araranguá, pois não podia,
Deixar a festa em que se comemora
Louvores e honras a Nossa Senhora,
A Mãe dos Homens, a Virgem Maria.

Por ti um sacrifício assim o faço,
Pra ter nossa família reunida;
Joguei pra longe todo meu cansaço,

Pois como irmã tu me és muito querida...
Pra vir aqui, trazer-te o meu abraço,
Neste teu quase um século de vida!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CONSELHOS

CONSELHOS (AYRES KOERIG)

A sabedoria popular nos revela que: “Se conselhos fossem tão bons, não se davam, vendiam-se”.
Mas, alguma coisa deverá ser feita para evitar as separações nos casamentos, como as há hoje em dia. A Bíblia nos diz que o Sacramento do Matrimônio é indissolúvel e quem se separa e se casa outra vez está cometendo adultério.
Como o ser humano possui diferenças em seu modus vivendi, não podendo alguns viver sem mulheres, e algumas sem homens, pensei eu então, escrever qualquer coisa aos jovens enamorados ou mesmo já noivos, para que se estudem bem primeiro.
Hoje já há também o “ficando”, o que antigamente era chamado de vivência amasiada, e que também a Igreja proíbe.
O melhor mesmo é, quando, sob a brisa suave de uma tarde-noite enluarada estiveres com ela, a que tu consideras uma pérola, procura descobrir a ostra que a envolve, não dizendo amém, ao que vocês dois se propõem realizar, mas, contrapondo-a no que achas não dê certo, para depois, arrependido, não falares assim:--Jamais pensei que te irias transformar na pessoa incoerente e maldosa, na víbora que te estais demonstrando ser.
Também não podes querê-la só para satisfação dos teus instintos. Ela não é um simples objeto, é uma tua semelhante. Lembra-te de que os direitos são iguais e as obrigações recíprocas.
O passo que irão dar é para sempre, até quando vocês dois viverem. Essas cadeias só se rompem com a morte de um dos cônjuges. Portanto, o meu conselho é que ambos:

ESTUDEM-SE

Foi bem escolhida essa moça bonita?
Vai ela servir para tua consorte?
Enquanto houver tempo, então pare e reflita:
Consórcio entre dois, só separa co’a morte...
Serás bem feliz se tiveres a dita,
E se com ranzinza ela nunca se importe:
Não leve isto a sério e jamais fique aflita;
E´a forma que o laço se torna mais forte,
Podendo alongar esta vida de dois,
Que se vai mudar do passado ao presente.
Deixai vossos filhos pra virem depois,
Se virem que o lar já se faz mui carente...
E para cantar e dizer que vós sois,
Casal bem moderno: feliz, diferente!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NADA NOS PERTENCE

Será que é isso mesmo? ou você já viu um ricaço levar no seu esquife, algo que lhe pertencia de valor, além do terno bonito, camisa e gravata e um belo par de sapatos. Não leva nem o seu relógio de ouro, quanto mais o carro, o iate a fazenda e outras coisas. Estes bens materiais são adquiridos para enquanto viver. Depois, com o tempo, vão trocando de donos.


NADA NOS PERTENCE...
AYRES KOERIG


As aves canoras, o rei sabiá,
As flores, os rios, as vorazes piranhas,
Os mares e os lagos, e as grandes montanhas,
Toda a natureza que existe por cá.

E quanto as estrelas as muitas que há,
As quais são regidas por forças estranhas...
E não são precisos cordéis nem maranhas
Pra serem fixadas aqui e acolá.

Tudo isto pertence a esse Deus Uno e Trino...
Porque nada é nosso! só nos dá direito
A Lhe reivindicarmos do seu uso-fruto.

Penhor concebido num foro divino...
Mas se nós tivermos viver bem perfeito,
Estamos pagando este nosso tributo!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

SEDE DE REMEMORAR

Parece que nós, avós gostamos mais dos netos do que dos nossos próprios filhos. Isso não é verdade... O certo é que quando criamos nossos filhos estamos sempre ocupados e preocupados com o dia de amanhã, trabalhando, amealhando recursos, para a velhice.

SEDE DE REMEMORAR
AYRES KOERIG

A noite da cegueira lhe afligia,
Mas dos seus sonhos o mais predileto.
Era de o ter em sua companhia,
A doce convivência do seu neto.

As faces lacrimantes de alegria,
A se espalhar no rosto por completo,
Só nessas horas é que então veria,
Brotar no coração tão grande afeto.

Assim é que revia a sua história,
Daquele tempo quando foi soldado,
Que o neto lhe trazia pra memória,

De tudo que ocorreu no seu passado:
Da valentia de sua grande glória,
Lendo no seu diário amarelado.

ALTERAÇÃO

ALTERAÇÃO

As pessoas mudam de opinião como se troca de roupa (também não exageremos rsrsrs). Então consultando a consciência, sem estímulo mesmo de alguém, resolvi colocar mais umas composições no meu blog.
Ando meio arredio das salas de bate-papo e preciso um jeito de me distrair.

Alteração

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

DESPEDIDA

DESPEDIDA

Quando escrevi fim de posstagens no meu blog, não fi-lo endereçado a melindrar ninguém. Simplesmente por achar que deveria dar uma parada, mas, houve alguém que pensou fosse de um modo direto a ela e até julgando que eu pretendia aplausos de pé! A senhora se equivocou, nunca compactuei de fofocas. Eu sei que nas salas de bate papo existem intelectuais superiores a mim e que uma boa parte deles possuem mestrado e doutorado, o que eu não tenho; se bem que, em prosa vi muitos escritos de primeira, mas, em poesias, a coisa mudou. Se eu houvesse convivido com os grandes do século XVIII, eu naturalmente seria classificado como medíocre, mas deixemos isso pra lá.
Mário Quintana, um dos grandes poetas brasileiros, disse em seu Caderno H o seguinte: (ipsis litteris) -- “Eu acho que todos deveriam fazer versos. Ainda que saiam maus, não tem importância. Sim, todos devem fazer versos. Contanto que não venham mostrar-me”.
E para reafirmar o que frisei acima, que não quero aplausos; deixei liberdade de aplaudir ou até troçar se não gostassem.
Eu poderia ter composto um soneto mais pernóstico para encerrar os meus escritos, mas escolhi este que é bem simples, composto por mim em 2 008, dois anos antes de criar este blog.
NOME
Sem escrever os versos que eu queria...
Nada, mas nada no papel ficou!
Eu não soube cantar a nostalgia,
Tão pouco o sol que ao longe despontou.
Do pensamento às vezes me fugia,
A inspiração que sempre me aflorou.
Eu suplicava a Mãe de Deus Maria,
Mas ela nunca, nunca me ajudou...
Não sei se foi por não saber pedir;
O certo é que esta angústia me consome,
E até me deixa às vezes sem dormir...
De ser poeta eu sempre tive a fome.
Se não fiz poesias de luzir,
Eu nunca vou perpetuar meu nome?!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

F I M

F I M
Shabá – Não sei se era em grego ou aramaico esta palavra que queria dizer PARAR. Prometi uma palhinha para divulgar meus escritos e já passei da conta, muito embora haja mais que o dobro para serem divulgadas. Parece que as pessoas não gostam de ler ou acharam não convir. Até meus seguidores em número de quatro, não encomendados, me deixaram cabreiro por não estarem mais tecendo comentários, os quais poderiam ser prós ou contra... críticas: construtivas ou negativas. Meus amigos e amigas parecem, mais interessados em fofocas e coisas que não levam a nada nas salas de bate papo. Não sou contra porque até para as impurezas foram criadas as moscas.
Se não passei nada de bom, também nada aprendi – ficamos em elas por elas rsrsrs – como diz o nosso matuto: zero mata zero!
Em 29 de janeiro de 2 010.
Ayres Koerig

APOCALIPSE

Senhor! Que minha missão já esteja cumprida antes que isso se dê.




APOCALIPSE
AYRES KOERIG


A terra foi fendida e se lhes rasga o seio;
Empurra lá de dentro uma lava escaldante,
Levando de roldão para mais adiante,
Tudo aquilo que encontra em seu caminho ao meio.

O vento ulula forte dizendo ao que veio.
Granizo, trovoada, em ribombar constante...
Apavora-se o mundo nesse mesmo instante,
Caindo o povo então, numa espécie de enleio.

Jesus se vê lá no alto em todos esplendores,
Dizendo em alta voz, minha proposta é esta,
Àqueles que não querem respeitar meu nome...

-- Com força irei julgar todos os pecadores:
Para direita o bom, pra esquerda, o que não presta,
Pois vi meu pobre nu de pão, passando fome!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

AH! QUE SAUDADES

Será que essas saudades são recíprocas?
Da maioria! Sim!

AH! QUE SAUDADES!
Ayres Koerig

A vida vai passando e de repente,
Findam-se as forças, não se faz mais nada.
Fixo as idéias, cá na minha mente,
Deixo minh’alma mais aliviada.

Vou rebuscando quando era docente,
E que ensinava àquela garotada,
Até de se portar decentemente,
Com a matéria que lhe era ensinada.

Olho ao redor de mim, e em vão procuro,
Voltar ao tempo que tão longe vai...
Posso contar-vos e até mesmo juro:
Que eu vos amava como um próprio pai!

Embora fosse por demais, severo,
Tratando a todos com muito rigor,
Mas vós, crianças, com ardor sincero,
Retribuíam, com o vosso amor.

Fico orgulhoso quando alguém me diz:
-- Isto quem me ensinou foi o senhor!
Mais orgulhoso e muito mais feliz,
Se eu o ajudei, a se formar doutor.

Meus ex-alunos, a vós todos prezo,
Estou certo que a mim prezais também...
Em minhas orações ainda eu rezo,
Àqueles que partiram para o além.

Me rejubilo e trago aqui no peito,
Fechado ao coração com muito amor,
Quero guardá-lo até no último leito,
O ter-vos sido vosso professor!

AMOR PROIBIDO

Acontece isso também com os humanos. Quantos lares já foram desfeitos e quantos ainda se destruirão, só porque, o homem ou a mulher, não têm tempo um para o outro... Os labores bem dosados, quer de uma parte ou de outra, dão ensejo para se achar instantes para colóquios extra-sexo, necessários à boa vivência... mas, compromissos assumidos, não os deixam encontrar esses momentos!



AMOR PROIBIDO
AYRES KOERIG


No silêncio da noite enluarada
Começo a concentrar meu pensamento:
Olho pra trás e pouco vejo ou nada:
Passou-se tudo como passa o vento!

Mas só reparo na curva da estrada,
Aquele rodopiar dum cata-vento
Com sua roda toda prateada,
Pela seqüência do seu movimento.

E a lua lá do céu reflete a imagem,
Ao colocar mais brilho em seu caminho...
E o cata-vento dela se cativa!

Ela não vai parar, segue a viagem,
Deixando-o amargurado ali sozinho...
Por compromisso é que dele se esquiva!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

VELHA FERRARIA

O homem trabalha, trabalha, torna-se escravo do dever e, na terra dos vivos, às vezes, nos é consignado um pequeno espaço de tempo para registrar a nossa permanência aqui. Pergunto a quem me lê agora: Você se lembra do seu bisavô, não? E do seu tataravô, menos ainda?
Então cheguemos a conclusão: Nesta terra tudo passa... Esforcemo-nos para merecer um bom lugar na vida eterna, para fazermos parte do reino de amor, justiça e paz, prometido a nós, pelo REI DA ETERNA GLÓRIA – Jesus Cristo.


VELHA FERRARIA
AYRES KOERIG


O ferro rubro de calor intenso
Ante o peso do malho que o feria,
Deixava ao seu redor colar imenso,
Feito de estrelas que no chão corria.

Limpando a face com seu velho lenço,
Para enxugar suor que lhe afligia.
Assim vivia bisavô Lourenço,
No seu afã de todo dia-a-dia.

Como ajudante sempre a bisavó,
A segurar-lhe o ferro co’a tenaz...
Quando ao olhá-los sempre dava dó.

E hoje até de chorar sou bem capaz...
Deste casal resta esta frase só,
Que lá na tumba diz: DESCANSE EM PAZ!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AÇÃO DA CRUZ VERMELHA

Se qualquer motivo é um motivo para um jovem se apaixonar por u’a moça, esse não foi um qualquer motivo!




AÇÃO DA CRUZ VERMELHA
AYRES KOERIG


Após o receber uma estocada,
Que rasga o peito do guerreiro audaz,
A bela jovem sem olhar pra trás,
Vai correndo ajudar seu camarada.

Não diz uma palavra, vai calada...
Como enfermeira sabe ela o que faz
Para atender aquele bom rapaz,
Em tudo o que precisa ele e mais nada.

Depois de ter pensado o fundo corte,
Feito no peito desse jovem bravo...
Ante a heroína aquele moço forte,

Prostrado ao chão, diz sem pensar na morte:
-- De hoje em diante vou ser teu escravo...
Aqui me tens, escreve minha sorte!

domingo, 24 de janeiro de 2010

VIDA A DOIS

Separam-se com a morte, mas no além continuam.

VIDA A DOIS
AYRES KOERIG
Esta vereda tão cheia de flores,
Que corre paralela
A este riacho não menos florido,
E que juntos vão serpenteando,
Subindo colinas
E descendo encostas
Cheias de altos e baixos...
Nasce ele um pouco acima
Do sopé daquela montanha
Que tu vez ao longe.
Ela, naquela encruzilhada,
Já um pouco distante... Aquém.
Diferenças de nascimentos...
Ali se encontraram,
E agora trilham
Um a par da outra,
Rumo a novos horizontes.
Esses fenômenos,
Ele córrego vindo da própria natureza
Se junta à trilha,
Para serem comparados
Às nossas vidas.
E vão caminhando...
Caminhando...
Vereda e riacho sempre juntos,
Até ela encontrar uma estrada;
E ele, deitar suas águas,
Num rio bem mais caudaloso.
Separaram-se...
E só se unem novamente,
Às margens,
Junto ao Oceano Infinito,
Para continuarem
O que foi interrompido!

sábado, 23 de janeiro de 2010

JUDICARE VIVOS ET MORTUOS

Acho que para quem morreu, Ele já veio. Não sou daqueles que acreditam que devemos esperar na sepultura a outra vinda do Senhor, baseado no que disse ao Bom Ladrão: -- Ainda hoje estarás comigo no paraíso.
Creio que somente os que vão passar para a eternidade sem conhecer a morte é que verão a segunda vinda.


JUDICARE VIVOS ET MORTUOS
AYRES KOERIG


Criado por Você pra servir de modelo,
Para que aos outros leve todo meu perfume
Sempre ensinando o bem, fraternidade e zelo,
E acalentar a quem requer certeza e lume!

As lutas desta vida querem meu desvelo,
Que eu faça a minha parte sempre e sem queixume,
E que entre irmãos meus dons também se tornem elo,
Para aclarar-lhes em suas mentes o negrume

De Lhe não conhecer meu Deus e meu Senhor!
Querendo explicações estão sempre irrequietos,
Não sabem quem Você é, também, nem o que quer...

Mas sentem em pleno ar, bom perfume da flor,
Que atrai sempre pra si miríades de insetos,
Para a libertação, quando outra vez vier!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ADIVINHE...

Para não pensarem que sou santo, para verem que também sei brincar e rir como pessoa normal, vou colocar uma das piadas que faz parte das que tenho, como revelei na apresentação, no meu LIVRO DE PIADAS, adormecido no meu computador!!!



ADIVINHE...


Na porta de sua casa de pileque,
Tira do bolso seu talão de cheque...

Saca a carteira e outras coisas mais,
A porta não consegue abrir jamais.

Pede socorro ao guarda que passava,
Pra abrir a porta, pois que precisava,

Entrar para dormir, sem acordar,
Os que já estavam lá, a repousar.

Retira lá do bolso objeto estranho
Meio comprido de pouco tamanho...

Acha esquisito, mas, não se lhe importa,
Entrega ao guarda para abrir-lhe a porta.

Galhofa o guarda em tom mui meritório,
-- Isso no é chave é um supositório...

Para ele aquilo fora grande entrave:
-- Onde diabos pus a minha chave?!!!

FOME ZERO I I I

A riqueza do mundo, se bem distribuída, daria para erradicar a fome em todos os países. Mas o ser humano é muito ganancioso: quanto mais tem, mais quer!

FOME ZERO III


Que todo senador ou deputado,
Faça um trabalho cheio de louvores,
Que nisso mostrem todos seus penhores,
Para que todos digam: aprovado.,,

Se a roubalheira é coisa do passado...
Que se destruam dos ladrões andores,
E que os honestos tenham resplendores,
Então diremos: Deus seja louvado!

É doloroso ver uma criança,
Passando fome, sem uma esperança,
De ter ao menos um naco de pão.

Vale também pro moço, pro ancião...
O que eu mais ambiciono o que eu mais quero:
Que reine em todo mundo a FOME ZERO!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FOME ZERO II

Por que existem pessoas que recebem vencimentos de duas ou mais fontes aqui no Brasil? Disseram-me, não sei se é verdade, que um político pode se aposentar como Governador do Estado, como Senador, como Deputado e outras aposentadorias... Além de outras fontes de renda como pensões! Agora já estou compreendendo porque os políticos não querem largar o mando. Uns com tantas regalias, outros sem nada, morrendo de inanição!

FOME ZERO II
AYRES KOERIG


Dois, três empregos, não é de bom grado,
Deixar que os tenham só certa pessoa.
Pois que assim sendo a coisa não vai boa,
Pra aquele pobre, que vive ao seu lado.

Procure-se e acharemos um culpado...
A coisa é simples, é banal, à toa...
Pois que o indivíduo que não corre, voa,
Não deva optar por mais dum ordenado.

Quanto mais tem mais quer é desleal...
Dizem que só, no sul, são mais de mil ...
Se o governo fosse mais austero,

Tudo seria muito mais legal...
Assim se erradicava no Brasil,
Toda a pobreza, e havia FOME ZERO!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

FOME ZERO

Deve ser doloroso para um pai ver um filho chorar com fome. Não sei o que seria capaz de fazer se me fosse imposta essa provação.
Acontece só com filhos de gente muito pobre, porque os filhos de ricos choramingam por pouca coisa e geralmente são atendidos.
Temos também que ser espertos porque poderá acontecer como com aquela senhora (ou pior) que perguntou à menina: -- Tu pedes é porque tens fome?
-- Não senhora: é porque meu pai tem sede!

FOME ZERO
AYRES KOERIG



Não é preciso se aprender na escola,
As boas regras pra vencer na vida;
E quando vires a mão estendida,
Do pobrezinho ao te pedir esmola,

Rebusca bem no bolso ou na sacola,
Algum trocado pra dar-lhe comida.
A fome deve ser desconhecida.
Se propugnarmos, ela então se evola...

Porque é quem gera sempre a violência,
E todo mal que à vida o mundo traz!
Sê enfim pro teu irmão bom e sincero...

De Deus nós recebemos a incumbência,
De batalhar pela harmonia e paz!
E de implantar no mundo A FOME ZERO!

domingo, 17 de janeiro de 2010

VISTO DE ENTRADA

Estamos aqui na terra cumprindo u’a missão que Deus nos deu. Há pequenas e grandes missões. Para isto concedeu-nos o livre-arbítrio, mas legou-nos os Dez Mandamentos para que por nós fossem cumpridos. Jesus Cristo reduziu-os a dois: -- “Amar Deus, sobre todas as coisas e ao próximo, como a nós mesmos”.

VISTO DE ENTRADA
AYRES KOERIG
A tumba não é o fim da nossa vida.
Tu já pensaste nisto a sós contigo?
Se só pra morte é que não há saída,
Então escuta bem o que te digo.

Sê sempre compreensivo em tua lida,
Mesmo que estejas frente a algum perigo;
Então podes dizer: missão cumprida,
Quando a figueira já não der mais figo…

Todos teus atos vão preponderar.
Prêmio ou castigo vai ser pagamento,
Se teu procedimento aqui foi misto.

Nenhum de nós a ti pode julgar,
Mesmo que seja por um só momento:
Quem dá teu passaporte é Jesus Cristo!

sábado, 16 de janeiro de 2010

RECOMPENSA FINAL

Tudo que fizeres aqui será contado ao teu favor ou contra ti.


RECOMPENSA FINAL
AYRES KOERIG

O meu maior amigo é o dinheiro;
Fico doente quando ele se evola,
Diz o avarento todo prazenteiro:
-- Só sou feliz quando a minha sacola,

Está bem cheia deste vil metal...
Já o glutão não pensa desse jeito:
(Mesmo que tenha de impingir-se mal),
Quer o seu bucho mais que satisfeito.

Porém, não acontece ao que partilha...
As chamas dum amor que lhe consomem,
No seu olhar resplandecente brilha,

O que divulga em seus ensinamentos...
E após a morte vai ganhar proventos,
Dum Deus que cá na terra se fez homem!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DEUS

Por que será que pessoas mais inteligentes, mais cultas negam a existência de um ser que tudo pode?
Acho que é porque nós humanos estamos enclausurados num mundo, em que só se conhecem duas grandezas: tempo e espaço...

DEUS
AYRES KOERIG

Por que? Que um astro ao outro não melindra?
Vais me dizer: -- Porque existe espaço,
Que a imensidão entre eles é infinda...
Não te convences, não torces teu braço...

Por que um relógio marca certo a hora?
Porque de peça em peça foi montado,
Por relojoeiro que por certo ignora,
O quanto um astro d’outro é separado.

Então deves saber que há um alguém,
Que pode dirigir todo universo,
Para que tudo assim ande correto...

Sentir tu deves que este alguém também,
Que aos teus olhares sempre está submerso:
Chama-se DEUS! Notável arquiteto!

AO EX-ALUNO DALMO

Como podem ver, é uma espécie de carta que enviei a um ex-aluno, quando este, me convidou para almoçar em sua casa lá em Florianópolis, ao comemorar seu aniversário. Naquele mesmo dia, estávamos fazendo o velório de minha irmã Diva.


AO EX-ALUNO DALMO
AYRES KOERIG
Ao natalício que você convida,
Para não ir tive um motivo forte...
Ensejos há que se festeja a vida,
Mas outros há, que se memora a morte.

Foi nesse dia, minha irmã querida,
Deixando a terra volta ao seu consorte.
Foi um motivo pra minha não ida;
Porém, eu lhe desejo muita sorte.

A vida é feita de recordações:
Eu hoje vejo aquele bom menino,
Inteligente e sempre muito calmo...

Peço desculpas por alguns senões;
Em minhas orações, ao Ser Divino,
Recordo sempre o ex-aluno Dalmo!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

AO DIOCLÉCIO E VALKIRIA

Aos meus grandes amigos que completaram sessenta (60) anos de casados, festejando suas BODAS DE DIAMANTE.


DIOCLÉCIO E VALKÍRIA
AYRES KOERIG

Nós vimos desejar a esse casal,
Que BODAS DE DIAMANTE comemora,
Que siga sempre como foi outrora,
Unido, carinhoso e jovial.

Lutando pelo bem, baldando o mal.
Vivendo um mundo onde o sol se colora,
No hoje e no sempre, a toda e qualquer hora,
Esta harmonia, dom celestial.

Religiosos buscam na verdade,
Com muita fé doar os seus favores
À Santa Virgem e ao Menino Deus.

Exemplos dados à posteridade.
Deixamos hoje aqui nossos louvores,
Ao Dioclécio e a todos os seus!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

AO RAFAEL

POR OCASIÃO DO SEU CASAMENTO

AO RAFAEL
AYRES KOERIG

Eu e tua avó, te vimos desejar,
Toda felicidade no momento,
Em que teu sonho vais realizar,
Ao te unir com Grazi em casamento.

É tão sublime o passo que vais dar:
Que não se evole pela ação do vento!
Rusgas surgidas, vais ter que agüentar,
Mas nunca deve haver um rompimento.

Todos reforços vão em nossas preces
Pra que tua vida se torne mais bela...
Que a luz do céu te seja sempre amena.

Nós já o sabemos que bem o mereces.
Tudo isto o desejamos à Graziela,
Como também, ao teu rebento: Helena!

AO MURI

POR OCASIÃO DO SEU ANIVERSÁRIO!
QUANTOS ANOS?
NÃO SEI, ELE NÃO DISSE!

AO MURI
TIO AYRES



A vida é curta, mas, se deve dela,
Tirar o que se pode de proveito;
Jamais guardar rancor dentro do peito,
Mesmo nos teus momentos de procela.

Abre em teu coração uma janela,
Para olhar sempre as coisas do teu jeito,
Volve ao passado, mas, sem preconceito,
E então verás o quanto a vida é bela.

Que nunca percas fé nem esperança,
De construir tesouros junto a Deus,
Como ensinaram teus progenitores,

Desde os remotos tempos de criança.
Que até no fim, não tenhas dissabores;
Muita saúde e paz são votos meus!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A PAULIANE

POR OCASIÃO DOS SEUS QUINZE ANOS FESTEJADOS LÁ NO FRONTEIRA CLUBE



A PAULIANE
AYRES KOERIG

Menina-moça de feições garrida,
Nos relembrando flor inda em botão,
Em tudo ao teu redor dando mais vida,
E mais perfume em toda direção.

Menina ontem bem desconhecida,
Hoje és o encanto dessa multidão,
Que te rodeia em toda tua lida,
Te desejando paz no coração.

A paz que vem de Deus nosso senhor,
Que veio ao mundo como redentor,
Para ajudar em todos nossos ais.

E que esta paz fuja de ti jamais.
Conserva para sempre este esplendor,
Para alegria nossa e de teus pais!

domingo, 10 de janeiro de 2010

LAÍS

COMO ABAIXO FRISEI, POR OCASIÃO DOS SEUS QUINZE ANOS.

LAÍS
Ayres Koerig

Menina - moça sonhos de quimera,
Feliz rebento de nobre casal;
Um mundo de alegria a ti te espera,
E que te livre Deus de todo mal.

Com meus botões eu penso quem me dera,
Fazer deste soneto um recital...
E que esta luz que brilha em toda esfera,
Sirva pra alumiar o teu fanal.

Sê como o és em toda tua vida:
Humilde, meiga, ausente de vaidade.
Quando já independente ou mesmo quando,

Lá na velhice, olhares toda lida
E relembrares sempre com saudade,
Desses teus quinze que estás celebrando!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BEM VIVER

Se pudermos, vamos fazer força para conservar o nosso ter relacionado com o ser. Caso contrário este ser, é mais importante. Contudo, deixa que os outros digam quem tu és.


BEM VIVER
AYRES KOERIG


A sapiência mostra que os caminhos,
Para se conquistar um bem viver,
São bem perversos e cheios de espinhos;
E pra atingi-lo nos importa o ser.

Nossos parentes, mais nossos vizinhos,
Dispensam, todavia o nosso ter.
Em mutirão, jamais somos sozinhos,
Tudo isso é que devemos entender.

Fofocas devem ser desconhecidas,
Porque a união nos deixa sempre fortes.
Com todos, relações serão mantidas,

Desde os pequenos aos de grandes portes:
Pra vermos mortes que se tornam vidas,
Em vez de vidas que se tornam mortes!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ADVERSIDADE

ADVERSIDADE
AYRES KOERIG
Nós da classe média, não sabemos dar valor à posição que ocupamos ou, melhor dizendo, não nos importamos muito, com o que está acontecendo ao nosso lado, omitindo-nos muitas vezes de tantas coisas que poderíamos fazer pelo nosso próximo. Violências e tantos outros acontecimentos maus poderiam ser no seu percentual diminuídos. E por que não acontecem? Porque estamos vivendo muito solitários, enclausurando-nos quase que exclusivamente no aconchego da nossa família além do que, somos de um modo geral pusilânimes, pois temos medo da verdade, achando que é muito mais fácil, a omissão do que enfrentarmos a realidade que nos poderá trazer incômodos.
De quantas pessoas nós ouvimos dizer mal e não nos importamos de verificar na fonte, se o que de fato ocorre é verdadeiro, boato, ou fofoca.
Citaremos a seguir três ditados que calham neste comentário: “Onde há fumaça, há fogo”; “Vox popoli, vox Dei”; e, “ O povo aumenta, mas não inventa”.
Entretanto, o fato concreto é que se fôssemos visitar essas pessoas, quantas vezes poderíamos evitar o mal. Gandi dizia-se adepto da doutrina de Cristo, mas, detestava os cristãos porque não seguiam os seus ensinamentos.
Quem de nós não possui, dois, três ou mais agasalhos para nos abrigar em dias de temperatura baixa, quando vemos ao nosso lado, outros morrendo de frio? Ainda bem que Deus criou o sol e o fogo para aquecer as pessoas que não possuem capotes ou blusas de lã, capazes de esquentar seus corpos nos dias e noites gelados; essas compensações, entretanto não nos isentam do que Jesus nos recomendou.
Adversidade
Nas frias noites dum inverno rudo,
Ao escutar do vento o açoite forte,
Maldigo sempre quem teve a ma sorte,
De ter nascido lá onde falta tudo.
Trazendo um corpo quase que desnudo
Em quantas vezes seu desejo é morte;
Se tem idade de pequeno porte,
Sofre bastante, mas, terá contudo
Uma esperança de vencer a luta.
Mas se ele é velho não consegue nada...
Seus pensamentos sempre são tristonhos
E sofre cada vez mais, na labuta,
Da longa vida quase terminada,
Co’as frustrações dos seus mais lindos sonhos!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AURORA

Deus se revela a nós de muitas maneiras... Há aqueles, no entanto, que não querem vê-LO!

AURORA
AYRES KOERIG


A noite vai sacar seu manto fora,
Apagam-se as estrelas vem o dia.
O monte, a várzea, o sol tudo alumia,
O que estava invisível vê-se agora.

Naquele pé de pau ave canora,
No seu trinado dá mais alegria...
Joga pra longe sua nostalgia,
Para lembrar que está chegando à aurora.

Tudo isso se repete que beleza!
Saio da cama um pouco sonolento...
Exprimo em oração contentamento,

Agradecendo sempre os dias meus,
Abençoados por Mãe Natureza,
Mãe Natureza que é: meu próprio Deus!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

DUALIDADE

Não levemos também ao exagero. Claro que hoje ainda possuo muitos amigos. Querem que eu cite o maior deles: -- Meu filho!


DUALIDADE
AYRES KOERIG

Coisas que eu nunca pude compreender
E mesmo os outros; eu não sei quem há-de...
Pessoa que traz dentro do seu ser,
No coração alguma falsidade.

Fidelidade se torna um dever.
Quanta beleza traz a lealdade...
Toda ambição na vida é de crescer,
Até chegar ao topo com vaidade.

A minha vida não foi só planície...
Sempre leal eu fui galgando os morros...
Trabalhei muito desde a meninice,

Ciente sempre de encontrar perigos.
Mas“Se entre amigos encontrei cachorros,
Entre os cachorros encontrei amigos”!

domingo, 3 de janeiro de 2010

CONTROVÉRSIAS

“ A mão que afaga é a mesma que apedreja”

CONTROVÉRSIAS
AYRES KOERIG


És um mito de dor e de alegria,
Ontem felicidade, hoje infeliz...
Da morte já escapaste por um triz
E mesmo assim tu pensas, todavia,

Que és imortal. Teu todo dia-a-dia,
Te trazem horas de crendices vis...
Com coração sangrando tu inda ris,
Querendo eliminar a covardia.

Há quem aplauda o teu comportamento,
Mas, se houver queda, quem louva graceja,
Do teu jeito de agir, do teu intento.

Meu grande amigo que o céu te proteja...
E a todos digo sem constrangimento:
“Que a mão que afaga é a mesma que apedreja”!

sábado, 2 de janeiro de 2010

BRASIL DO MEU SONHO

Será que estou exagerando?


BRASIL DO MEU SONHO
AYRES KOERIG


Como seria o meu e o teu Brasil,
Se fosse governado com justiça?
Seria um alvo de grande cobiça,
Por outras terras, muitas, mais de mil...

Com tal comportamento varonil,
De um povo bravo que não tem preguiça...
À conclusão seria a da premissa,
De ter-se um amanhã primaveril...

Conto de fada aos seus filhos e filhas:
Branca de Neve com seus sete anões.
Alice no país das maravilhas,

Ou Daniel na cova dos leões...
Adiante de outras plagas, muitas milhas,
Se não houvesse no Brasil, ladrões!

O SONHO QUE ELE SONHA

Como é bom sonhar, principalmente quando se está acordado!


O SONHO QUE ELE SONHA
AYRES KOERIG

Algo nefasto existe em nossa vida,
Que vai ultrapassar qualquer barreira,
Mesmo em nossa vivência costumeira,
A dor que causa em nós a despedida.

A lágrima não pode ser contida;
Mas há os que pensam em fazer besteira;
E também há o que cai na bebedeira,
Como se fosse pr’ele uma saída.

Mas há igualmente o que de punho forte,
Vai transformando a vida em tão risonha,
Mesmo sabendo de enfrentar a morte.

Nada há em sua frente o que se contraponha,
Embora tenha que contar co’a sorte,
Para viver o sonho que ele sonha!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

MERGULHADO EM DEVANEIO

Como são lindas as coisas que se passam em nossas vidas, sem que lhes demos a mínima importância...


MERGULHADO EM DEVANEIO
AYRES KOERIG

Um dia apareceu-me bela criatura,
Jamais meus olhos viram tanta formosura,
Em lábios de rubi com face bronzeada...
Pensei comigo então fazê-la minha amada...

Levá-la aos pés do altar, e lá perante um cura,
Jurar-lhe amor fiel tratá-la com brandura,
Por toda minha vida. E vê-la cultuada,
Como se fosse sempre a minha namorada.

Correram muitos anos... Em meus pensamentos,
Seu porte me aflorava a causar-me tormentos...
Nem que fosse me dado só por um instante,

Queria mais u’a vez rever o seu semblante...
Efêmera ilusão foi tudo o que senti:
Busquei-a em toda parte, e nunca mais a vi!