quinta-feira, 27 de maio de 2010

VELHOS ENAMORADOS

“Quando um não quer dois não brigam” diz a sábia cultura popular. Mesmo que, você homem, tenha que ouvir alguns impropérios pelas besteiras que cometeu e que ela soube. Nestes senões, a mulher sempre leva desvantagens: o nosso machismo não permite que ela erre. Mas, o perdão foi feito para os dois...

VELHOS ENAMORADOS
AYRES KOERIG

Se eu lhe perder, eu sinto perder tudo
Amealhado em nosso caminhar.
Coisas tão belas a quem sempre aludo,
Aos nossos filhos a nos imitar.

Quando ao lembrar até me sinto mudo...
Percalços nunc’os houve sem cessar,
Pois que não foram tantos e a miúdo,
Os que encontramos para se enfrentar.

Apesar disso, sempre ouço suas queixas,
Que eu sou ou que lhe fiz algo de errado!
Na mesma tecla bate e sempre insiste...

Acalentando suas negras madeixas,
Eu vou pedindo pra deixar de lado,
E dessa forma o nosso amor, persiste

quinta-feira, 20 de maio de 2010

AMPLIDÃO DO AMOR

ABNEGAÇÃO, RENÚNCIA, DESPREENDIMENTO...

NÃO MESMO: AMOR!
AYRES KOERIG

Quando a pessoa atinge a época da puberdade, passagem da infância à adolescência, o homem e a mulher, mas com predominância no sexo masculino, começa a escolha para o acasalamento: são as primeiras namoradinhas que se têm. Há, no entanto, aqueles que logo se apaixonam e partem para o matrimônio antes de se conhecerem bem. Nem sempre dá certo.
Concordo que desde o meu tempo de jovem, o procedimento já evoluiu bastante, uma vez que hoje até, já há casais que se amasiam, para angariar conhecimentos de gênios; pode até ser ilegal, mas é racionável. O homem para se adaptar às exigências femininas (o oposto também é preciso), há que deixar de lado alguns dos seus entretenimentos, afim de que a vida a dois, se complete sem clamores por parte de um deles, para se começar uma família perfeita; caso contrário surge a incompatibilidade de gênios, causa vilã à separação da maioria dos consortes.
Fui sabedor de que um casal, José e Maria (nomes fictícios), aos quais não conheci pessoalmente e que vivia modestamente, mas bem, criando seus dois filhinhos, se havia separado porque ele, o marido, arranjara outra...
Assim ela, como faxineira, foi trabalhar para sustentar os dois filhos e acabar de criá-los... Comiam o pão que o “Diabo amassou”. Os três viviam, aos “ trancos e barrancos” como se diz na gíria, até que um dia, José sofreu um acidente de motocicleta ficando paraplégico.
A nova companheira de José, não lhe ofereceu mais guarida, e foi dizendo: -- Não vou perder a minha mocidade com um aleijado... e se mandou.
Ele então foi para a casa da mãe, viúva e com mais quatro filhos. Agora, se já viviam com dificuldades, o modo de vida piorara. Era mais uma boca, como se costuma dizer, para ser alimentada...
Foi então que o amor falou mais alto e a velha companheira, com seus dois filhinhos, achegou-se a José e propôs recomeçar tudo... e assim o fizeram.
Dizem que hoje ainda, ela vive, nas refeições, dando-lhe alimentos liquefeitos em sua boca ou, quando não pode por força do trabalho, já a filhinha mais velha a substitui!
História verídica, “caso sui gêneris”! Qual seria a mulher que faria isso?!!!
AMPLIDÃO DO AMOR
AYRES KOERIG
Unidos para sempre a vida é bela,
Pois que o real amor tudo suporta...
Os dois vão indo numa paralela,
Até que a desunião bata em sua porta.

Uma briguinha só, mas não procela!
Sendo bem pouca cousa, nada importa...
Depois abraço e beijos -- dele e dela,
É que endireita a causa quando entorta.

Co’as pazes, corações extrovertidos,
Neles vão colocar muito calor
Para que fiquem por demais floridos,

Descarregados, sem nenhum rancor.
A confirmar em todos os sentidos:
QUÃO GRANDE E QUÃO SUBLIME É NOSSO AMOR!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ADVERTÊNCIA ÀS MÃES

Estamos atravessando uma época em que não se pode facilitar em nada a educação dos nossos jovens. Diz o dito popular que: “SE COCHILOU O CACHIMBO CAI”.


ADVERTÊNCIA ÀS MÃES
AYRES KOERIG

Jamais podeis deixar vosso menino,
Sem os conselhos em agir sensato...
Mesmo que inusitado seja o fato,
Pra que não se cometa um desatino.

O traficante traz sempre em seu tino,
As artimanhas do pulo - do - gato...
Vem de mansinho com todo aparato,
Do vosso filho n’o importa o destino.

Cuidai com garra, o que vos é bendito.
Preciso é que sejais, bem mais prudente...
Sabei diferençar o que é bonito...

Porque outros males podem vir por frente.
Analisai o que acima foi dito,
Pra não ouvirdes: “Quem cala consente”!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A MACACA DO CRISANTO

Que a espécie é parecida com pessoa, tudo bem, não há dúvidas... mas, daí até dizer-se que é um ser humano entra-se numa suposição muito grande, pois, não sabemos a época em que ele, macaco, começou a sentir-se homem.
Quando aqui em casa se discute isso eu sempre digo àquele ou aos que defendem a teoria: -- Vocês podem ser (risos): eu descendo de Adão e Eva!!!


A MACACA DO CRISANTO
AYRES KOERIG

No cocuruto de estaca fincada,
Só c’uma porta nem uma janela,
Uma casinha feita só para ela,
Para que lhe servisse de morada,

A uma primata alegre e espevitada:
Pelo macio e de aparência bela!
Fazia morisquetas na gamela,
Ao simular sua roupa ali lavada.

Sempre iam se juntando criaturas,
Por muitas horas vendo as diabruras,
Em cambalhotas, gestos e caretas...

Eram deveras tantas morisquetas,
Que nos deixava até em confusão...
Será que Darwin não tinha razão?!!!