domingo, 24 de janeiro de 2010

VIDA A DOIS

Separam-se com a morte, mas no além continuam.

VIDA A DOIS
AYRES KOERIG
Esta vereda tão cheia de flores,
Que corre paralela
A este riacho não menos florido,
E que juntos vão serpenteando,
Subindo colinas
E descendo encostas
Cheias de altos e baixos...
Nasce ele um pouco acima
Do sopé daquela montanha
Que tu vez ao longe.
Ela, naquela encruzilhada,
Já um pouco distante... Aquém.
Diferenças de nascimentos...
Ali se encontraram,
E agora trilham
Um a par da outra,
Rumo a novos horizontes.
Esses fenômenos,
Ele córrego vindo da própria natureza
Se junta à trilha,
Para serem comparados
Às nossas vidas.
E vão caminhando...
Caminhando...
Vereda e riacho sempre juntos,
Até ela encontrar uma estrada;
E ele, deitar suas águas,
Num rio bem mais caudaloso.
Separaram-se...
E só se unem novamente,
Às margens,
Junto ao Oceano Infinito,
Para continuarem
O que foi interrompido!

Nenhum comentário: