terça-feira, 26 de janeiro de 2010

VELHA FERRARIA

O homem trabalha, trabalha, torna-se escravo do dever e, na terra dos vivos, às vezes, nos é consignado um pequeno espaço de tempo para registrar a nossa permanência aqui. Pergunto a quem me lê agora: Você se lembra do seu bisavô, não? E do seu tataravô, menos ainda?
Então cheguemos a conclusão: Nesta terra tudo passa... Esforcemo-nos para merecer um bom lugar na vida eterna, para fazermos parte do reino de amor, justiça e paz, prometido a nós, pelo REI DA ETERNA GLÓRIA – Jesus Cristo.


VELHA FERRARIA
AYRES KOERIG


O ferro rubro de calor intenso
Ante o peso do malho que o feria,
Deixava ao seu redor colar imenso,
Feito de estrelas que no chão corria.

Limpando a face com seu velho lenço,
Para enxugar suor que lhe afligia.
Assim vivia bisavô Lourenço,
No seu afã de todo dia-a-dia.

Como ajudante sempre a bisavó,
A segurar-lhe o ferro co’a tenaz...
Quando ao olhá-los sempre dava dó.

E hoje até de chorar sou bem capaz...
Deste casal resta esta frase só,
Que lá na tumba diz: DESCANSE EM PAZ!

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