Eu morava em Palhoça e estudava em Florianópolis. Ônibus precários e o caminho tortuoso, cheio de buracos. O que hoje se faz em quinze minutos, naquele tempo levava-se três vezes mais, quarenta e cinco. Estradas de piçarras, empoeiradas de fazer dó. Daquelas idas e vindas, hoje só reconhecemos a velha Ponte Hercílio Luz.
MEU DIA-A-DIA COMO ESTUDANTE
AYRES KOERIG
Na encruzilhada entre uma noite e dia,
Sem ter ainda alguma estrela acesa,
Achava em tudo sempre uma dureza,
Quando mamãe chamava e nos dizia:
-- Já passa d’hora vamos à porfia,
(Apregoando com toda clareza)...
-- Depressa que o café já está na mesa,
Sempre isto tudo assim acontecia,
Em minha juventude ao estudar.
E de repente então me levantava,
Afim de não perder a condução.
E rápido eu me punha a me lavar;
Depois na mesa nem eu me assentava,
Tomando às pressas meu café com pão!
sábado, 13 de março de 2010
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2 comentários:
Parabens poeta,
Feliz retorno!
Bjss
E eu também assim fazia...gostei.
Bjs
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