sexta-feira, 9 de abril de 2010

MUNDO CÃO

SEM COMENTÁRIOS

MUNDO CÃO
AYRES KOERIG

Nos dias de hoje,
O que se vai ver?
Criança a morrer,
De fome ou doença...
Porém nossa crença,
Seria de que elas,
Curassem mazelas,
Porque nas favelas,
Não há condição...
É um mundo cão,

O que se atravessa:
Nós temos à beça
Mortes e mais mortes.
São fracos, são fortes,
Que caiem nas ruas,
Em todos lugares:
Na escola, nos bares,
Nos supermercados...
Morrem enfartados,
Muitos vitimados
Por balas perdidas,

Que arrancam as vidas
De quem quer que seja.
Quero que se veja
Mortes a granel...
É uma Babel,
Que leva aos avernos,
Aos fogos eternos
Milhões de pessoas,
Algumas bem boas
E até inocentes.

Todas estas gentes
Quase todo dia,
Como uma folia.
Há mortes de alguns
Pelas Cento e Uns,
Que estão no país.
Não há quem ataque.
Pois que lá no Iraque,
São festas de arrombas,
Com os carros-bombas...

Matando a porfia,
De noite e de dia.
Não há quem suporte.
É morte e mais morte.
S’isso não bastasse
Pra bem desse impasse
Que temos certeza,
Vem a Natureza,
Também ajudar;
Foi justo no mar,

Houve uma tsunami,
Mas ninguém se engane:
Por graça de Deus,
Que ama os filhos seus,
Não foi no Brasil.
Centenas de mil
Levou de roldão.
A televisão,
Como foi mostrou,
E quantos matou...

Os assaltos destros,
E os muitos seqüestros,
A muitos matando.
Parentes chorando,
Co’a grande desdita:
Querendo se evita!
Vou dar um conselho,
Meu jovem, meu velho:
Pra casa arrumar,
E se endireitar,

Sodoma e Gomorra.
Não mate, não morra.
Faça tudo certo...
Seja mais aberto!
Para seu contento,
Deus quer seu talento.
Não julgue quimera;
Voltar ao que era,
Preciso se faz,
De paz, muita paz!

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